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 O feriado do dia 1º de Maio, dia do trabalho, marca a abertura do Campeonato Zona Sul de Motocross Amador. A competição visa resgatar a modalidade do Motocross que, em anos anteriores teve pilotos de grande desaque na Zona Sul e no Estado. O local para a realização da primeira etapa campeonato não poderia ter sido melhor, a localidade de Picada das Antas no município de São Lourenço do Sul, local onde hoje acontecem os melhores eventos de motociclismo offroad da Zona Sul.
A Comunidade Evangélica de Picada das Antas distante 35Km da sede do município de São Lourenço do Sul e a 16Km da BR 116 realizou no ano de 2005 seu primeiro evento de motocilcismo, até então, antes disso, um grupo de motociclistas aproveitavam a geografia do local para realizar trilhas. Para contar um pouco melhor a história, a Arte&Fotos Racing pegou o depoimento Roberta Sickert, Beto Gouvea e João Henrique, o Mano.
 “Ideia até então Maluca”Falando em nome da Comunidade Evangélica da Picada das Antas, Roberta Sickert Kohn, filha de Dona Wanda Sickert, Tesoureira da comunidade lembra que a comunidade realizava anualmente suas festas, sempre com alguma atração para assim, chamar a comunidade em geral a participar do evento. Em 2005, numa conversa com sua mãe, que era a tesoureira da comunidade, surgiu a ideia de agregar algo diferente a festa.
“Em 2005 pensamos em fazer alguma coisa diferente, onde chegamos a conclusão de convidar, na época, o Papa Trilhas para fazer uma pequena apresentação, fazer uns “oitos” como diria minha mãe Wanda Sickert, pois como toda semana eles passavam na região fazendo suas trilhas, e chamando atenção de todos moradores, pensamos que seria bem interessante. . . então, como trabalhava na Stein’s Malhas e o piloto Lauthério Brauch fazia parte dos trilheiros, resolvi junto com a minha mãe conversar com ele a respeito dessa ideia, até então maluca.”
Segundo Roberta, Lauthério prontamente acreditou na ideia, porém, pensou em algo mais, não apenas numa pequena apresentação e sim levar uma etapa do Cross Country para a Picada das Antas. “- O Lauthério pensou mais a frente, pensou em levar não apenas alguns pilotos, mas sim pilotos de todos os cantos da Zona Sul, que com certeza traria muito mais público para participar da festa.”- comentou Roberta.
 A expectativa e ansiedade quanto a realização da primeira etapa do Cross Country foi grande, o final de semana dos dias 01e 02 de outubro dava impressão que nunca chegaria. “- Quando chegou o dia da festa e da corrida, enfim a ansiedade ficou para trás e todas as expectativas finalmente foram deixadas de lado, o evento foi um sucesso absoluto os números de pilotos e de público foram além do imaginado, mais de cinco mil pessoas acompanharam com entusiasmo e vibração a primeira etapa de um evento de motociclismo ocorrida dentro da programação da festa da Comunidade Evangélica da Picada das Antas. O sucesso da parceria entre a festa da comunidade e o motociclismo offroad, seja como Cross Country, Enduro Cross ou Motocross Amador continua até hoje e, a julgar pelo número de pilotos, que aumenta a cada ano, continuará tendo sucesso por muitos anos.”- finalizou.
Picada das Antas – de uma simples passagem de trilhas para um dos maiores eventos off Road da Zona Sul do Estado.
Além de Roberta, da dona Wanda e de Lauthério, mais dois personagens entre tantos outros, fizeram a transformação de um simples evento no maior e melhor evento de motociclismo offroad da Zona Sul. Beto Gouvea e João Henrique “Mano” foram os responsáveis pela realização do primeiro evento.
 Segundo Beto e Mano, a turma de São Lourenço, sempre foi muito adepta das trilhas, passando por enduro de regularidade e cross country, chegando aos últimos anos como Enduro Cross e hoje denominado Motocross Amador.Nestas trilhas, uma das passagens obrigatórias era a Picada das Antas, onde o pessoal fazia uma parada e logo continuava. Esta parada era sempre na Comunidade Evangélica de Picada das Antas.
“No ano de 2005, fazíamos parte da organização do Campeonato Zona Sul de Cross Country (ZSCC) e nossas provas eram realizadas no Coqueiro. Nesta época, a D. Wanda Sickert era a tesoureira da Comunidade e a Roberta Sickert, sua filha, trabalhava (e ainda trabalha) na Stein’s Malhas, empresa do Lautério Brauch, que fazia parte da organização do ZSCC.” – comentou Beto.
 “Em uma conversa com a Roberta, a D. Wanda pedia para a Roberta ver com a “Turma das Motos” se poderiam, no dia da Festa da Comunidade (outubro) fazer uma trilha e dar uma passada por lá, para mostrar uma coisa diferente do habitual. A Roberta passou a informação para o Lauthério, que se reuniu com a turma do Papa Trilhas (atual Trilha Clube Lourenciano) e sugeriu de se fazer uma etapa do ZSCC. Daí então todos conhecem a história: foi um sucesso a prova, com um bom número de pilotos, uma boa organização e um grande público. E de uma corrida anual se passou para duas, sempre com sucesso de público.” – relatou Mano.
A partir dali, só foram feitas melhorias, mudando do Cross Country para o que hoje é o Enduro Cross e a partir da próxima corrida, Motocross Amador, sempre com a preocupação de melhorar cada vez mais, tanto em termos de pista, estrutura e infraestrutura, premiação para os pilotos, sonorização de qualidade, segurança para os pilotos, segurança para os mais de cinco mil (5.000) expectadores que sempre prestigiam as corridas na Picada das Antas, entre outras coisas.
 Um dos pontos altos do evento na Picada das Antas é a hospitalidade da Comunidade como um todo. Todos são muito bem recebidos, sempre com um bom almoço e no dia da corrida um belo café da manhã, bem colonial, além da vibração do publico que sempre está bem próximo aos pilotos, interagindo com eles e vibrando a cada posição conquista, a cada vitória.
“A recíproca é verdadeira, assim como o público gosta de interagir com os pilotos, os pilotos gostam desta interação com o público, a vibração do público é contagiante, os pilotos semte essa vibração e comemoram as vitórias junto com o público na beira do alambrado. Outro diferencial da prova é uma herança dos tempos do Cross Country: a camiseta. Todo o piloto recebe na inscrição uma camiseta alusiva ao evento, os expectadores também podem (e sempre levam) essa camiseta que é colocada à venda ao público em geral. Enfim, como dissemos no início, o evento começou como uma simples trilha e passou para um dos maiores eventos off Road da Zona Sul do Estado.”- finalizou Mano, coordenador dos eventos offroad na Picada das Antas.
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